Olá,
Este foi um fim-de-semana bastante duro. Um fim-de-semana de perdas irreparáveis. Partiram três pessoas de papel preponderante no nosso país. O Pai da Democracia Portuguesa, um presidente amigo dos habitantes da autarquia que presidia e um médico de excelência no campo da ética e bioética. Estamos tão mais pobres!!! :(
O post de hoje serve para transmitir a gratidão que todos devemos a estas pessoas. Políticas à parte. A estas pessoas que partiram e deixaram um legado eterno.
Sou uma pessoa que nutre uma admiração profunda por toda a luta que se fez contra o regime salazarista. Toda a luta e todos os lutadores. Sem excepção. Se nasci num país livre, se posso vir a este blog (e quaisquer outros locais) expressar-me sem represálias ou censuras, a todos esses lutadores o devo. Mário Soares foi um deles.
Por isso, venho aqui demonstrar a minha gratidão por ter lutado por um país livre e democrata, por se ter sacrificado com prisões, exílio, violência, sempre em prol de ideais de liberdade e igualdade, sempre com coragem e determinação.
Vários jornais publicaram edições especiais sobre os feitos históricos deste que foi um herói português. Todos eles sublinharam o seu carácter lutador, enquanto combatente anti-fascista.
Foram 92 anos cheios de força, riqueza intelectual, política, ideal. Descanse em paz, o descanso também é para os fortes.
Guilherme Pinto foi cedo demais (achamos nós!), mas deixa o exemplo de empenho, compromisso e trabalho árduo para com - no caso - os cidadãos de Matosinhos, defendendo sempre aquilo em que acreditou ser o melhor para a cidade e seus habitantes. Enquanto socialista ou enquanto independente, Guilherme Pinto amava Matosinhos e por esse amor e dedicação todos devemos estar gratos. Gratos por haver exemplos como ele a seguir. Infelizmente teve de travar outra luta que acabou, mas agora pode descansar em paz, com dever cumprido.
Daniel Serrão destacou-se pela sua ligação à Anatomia Patológica e principalmente pelas suas investigações na área da bioética. Era também especialista em Ética da Vida e conselheiro do Papa por ser membro da Academia Pontifícia para a Vida.
Trata-se assim de um homem, médico, que se dedicou ao Sistema Nacional de Saúde. Alguém que, no meio de convergências e divergências, trabalhou em prol do serviço público de saúde. Por todos nós, portanto. A ele devemos agradecer por ter tido sempre tão especial atenção ao SNS e à bioética, novo domínio nas ciências da vida e da saúde.
Cito uma frase de Daniel Serrão, que considero caracterizar estas três personalidades:
"Nenhuma dificuldade é superior à nossa determinação de a vencer."
Paz às suas almas.
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